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Psicanalista; Especialização em Teoria Psicanalítica; Atualização em Psicopatologia e Psicofarmacologia (Hospital das Clínicas / FMUSP); Atualização em Puberdade e Adolescência (E.Psi.B.A. - Argentina); Atualização em Educação e Psicanálise (Universidade de São Paulo); Atualização em Psicopatologia, Psicanálise e Terapêutica da Criança (NEPE - Escola de Psicanálise). E-mail: hrivello@gmail.com Fones: (35) 3234-1532 / 9939-2045

sábado, 2 de abril de 2011

"Perversão" - As engrenagens da violência sexual infantojuvenil

Livro: Perversão

Adquira: Livraria Resposta

A pedofilia provoca repulsa e horror generalizados, pois a imagem que cada um tem de si mesmo enquanto criança ou ainda não adulto, enquanto ser desamparado, constitui uma barreira de repugnância para os atos diretamente sexuais com crianças. No que se denomina comumente de pedofilia emerge a imagem de uma criança exposta às violências de algum adulto, como uma “mera vida” (blosess Leben), a vida nua e crua a ser usada a bel-prazer do ato sexual do adulto.

O que fazer, clinica e tecnicamente, com tais indicações importantes, que vão na contramão de nosso horror consciente à pedofilia, mas que mostram (de algum modo) como a pedofilia está sempre emergindo?
A teoria psicanalítica nos mostra que a sexualidade infantil emerge na convergência da repetição familiar e da identificação transgeracional com o agressor (cf. vários ensaios deste livro), mas a família, além de repetição transgeracional de assédio sexual, seria também o locus de sua resolução não traumática. “Ali onde mora o perigo, cresce também a salvação”, disse o poeta Holderlin (1770-1843), o que vale para as questões aqui referidas.

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